quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Deus cuida de você. Por: Kátia Cleone Neves.


Vivemos um tempo em que as pessoas só buscam as bênçãos que Deus pode dar.

Palavras como amor, benção, restituição são comuns em nossos púlpitos.

Não que isso não seja verdade, afinal Deus é amor, a Bíblia fala de bênçãos, Deus deu a Jó o que ele tinha perdido.

Contudo, isso não é tudo. Não podemos fragmentar Deus, não podemos escolher quais dos seus atributos gostamos mais, e ignorar os outro.

Deus é Deus! Ou você o ama e o reconhece como ele se revela na sua palavra, ou você está praticando a idolatria, adorando um deus produzido pela sua mente.


Ouvimos constantemente as pessoas dizerem: Graças a Deus, quando tudo vai bem...

Passou em uma prova difícil – Graças a Deus!

Recebeu uma promoção – Graças a Deus!

O diagnostico deu negativo para câncer – Graças a Deus!

Isso é bom, é correto. Mas, e quando ...

Você reprova?

Não é promovido?

É câncer?

Difícil não é? Contudo, devemos nos lembrar que Deus é soberano, Ele está no controle!

Existem coisas que eu e você podemos fazer para mudar, você pode estudar mais, pode se dedicar mais no serviço, mas, tem coisas que só Deus pode fazer, e quer Ele faça, quer não, Ele é Deus e deve ser adorado e honrado do mesmo modo.

Ou você crê que Ele cuida de você em qualquer circunstancia, ou você precisa conhecer a Deus, precisa ter intimidade com Ele.

Misericórdia e castigo ambos provêm de Deus. Como o mel e o ferrão provêm da abelha, disse Thomas Brooks.

Amor e justiça...

Receberíamos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Jó 2. 10.

Não importa o momento que você está atravessando, louve a Deus, Ele está no controle, Ele cuida de você. Não fique se lamentando e perguntando incontáveis vezes, Por quê? Pergunte: Para que Senhor?


Quem é o meu próximo? Por: Kátia Cleone Neves.

Quem é o meu próximo?

Esta foi a pergunta feita pelo doutor da lei a Jesus após ouvir a explanação que visava responder sua pergunta anterior: “Mestre que farei para  herdar a vida eterna?” (Lc 10.25)

Como um bom Mestre Jesus respondeu a pergunta do doutor da lei com outra pergunta: Que está escrito na lei? Como lês?

E ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo”

Então Jesus lhe disse, você respondeu bem, faze isso e viverás. Mas ele querendo se justificar, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?

Com esta pergunta o escriba queria que Jesus construísse um muro que limitasse o próximo, que limitasse o amor.

Jesus não respondeu sua pergunta de imediato, antes lhe contou uma parábola, levando-o a analisar seu próprio questionamento.

Havia um homem que descia de Jerusalém para Jericó e que caiu nas mãos dos malfeitores que o deixaram quase morto. E descia pelo mesmo caminho um sacerdote que o vendo passou de largo, de igual forma um levita que também passou de largo, mas, um samaritano vendo-o moveu-se de intima compaixão.

Nós leitores contemporâneos chamamos o herói desta parábola de bom samaritano, mas para os que ouviram essa narrativa dos lábios de Jesus foi um grande choque quando ele pronunciou “mas um samaritano...” Pois os judeus eram inimigos dos samaritanos.

Desde o período da divisão da nação Israelita, em o Reino do Norte com capital em Samária e Reino do sul com a capital em Jerusalém, ocorria uma forte inimizade dos dois lados. Para os judeus, Samária havia se tornado um conglomerado heterogênio devido aos povos de outras áreas que o rei da Assíria trouxe para a cidade, esses povos trouxeram consigo diferentes costumes e tradições e se misturaram aos samaritanos por meio do casamento.

Não era raro ouvir os Judeus orarem agradecendo a Deus por não haverem nascido mulher, escravo ou samaritano. Como acontece no preconceito cultural e social, a inimizade entre judeus e samaritanos não era unilateral.

Posso imaginar os olhos atentos daqueles ouvintes ao irem gradativamente percebendo que o samaritano e não o sacerdote e o levita foi quem se aproximou daquele moribundo para ajudá-lo.

O sacerdote e o levita passaram de largo e o samaritano fez o que um judeu jamais esperaria que ele fizesse.

É importante salientar que tanto o sacerdote como o escriba não fizeram mal ao homem, não foi eles que o roubaram e espancaram, eles eram pessoas de bem, vivendo suas vidas.

Contudo foram reprovados porque poderiam ter feito o bem e não fizeram, estavam ocupados, tinham suas obrigações, seus compromissos, atividades eclesiais que eram importantes, afinal estavam a serviço de Deus.

O samaritano, contudo, parou. Ele não tinha afazeres? Compromissos? Atividades importantes? Com certeza as tinha também, mas, ele vendo-o moveu-se de intima compaixão. A prática da bondade às vezes implica em transtornos e até sacrifícios.

Jesus olhando para o doutor da lei perguntou: Qual destes três te parece que foi o próximo do moribundo?

O doutor da lei respondeu: O que usou de misericórdia com ele.  Ele não disse: O samaritano, ainda era difícil para ele admitir que o herói da história narrada por Jesus era um samaritano e não um judeu.

Quem era o homem que caiu na mão dos salteadores? A Bíblia não relata sua identidade, não sabemos sua nacionalidade, sua posição social, sua religião. E porque isso não ficou registrado? Para que nós não construíssemos muros limitando a quem devemos ajudar.

A lição ensinada por Jesus é muito clara: O próximo é qualquer pessoa necessitada!

Que nós cristãos contemporâneos possamos parar um pouco da nossa correria, seja ela eclesiástica, profissional, acadêmica, etc. E olhar a nossa volta, permitir que nosso coração se mova de intima compaixão.

E pra você, quem é o teu próximo?


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estamos de passagem - Por Kátia Cleone Neves.


Somos visitantes desde tempo, neste momento.
Somos peregrinos neste lugar...
E é certo que aqui não vamos ficar!

Aqui só estamos de passagem...
Pois, esta não é a nossa cidade.
Aqui não é o nosso lar!

Somos muitas vezes confundidos.
Nosso coração iludido...
Querendo se acomodar.

Então pare por um minuto.
Desta correria, deste mundo.
E escute o que tenho para te falar.

Escute com os ouvidos do coração...
Perceba que toda esta inquietação
É sua alma a sussurrar.

Estou saudosa de casa.
Eu quero ir embora.
Retornar para o meu lar!




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ídolos Evangélicos - Por Kátia Cleone Neves.

Por todo o decorrer da história percebemos que o ser hu­mano tem a tendência de materializar sua adoração, precisa de algo material para tocar o metafísico, desta forma está sempre em busca de algo palpável com a ideia de que desta forma estará mais perto de Deus. Na sociedade contemporânea estamos vendo uma nova for­ma de imagem, não de escultura ou pintura, mas de carne e osso. Os chamados ídolos que tem arrebanhado multidões de adoradores, eles fabricam uma imagem de si mesmos, e se tornam ícones de toda uma geração. Infelizmente esta prática chegou ao meio cristão! Estamos vendo de forma crescente inúmeros pregadores e cantores evan­gélicos promovendo a si mesmos, estão mais preocupados com a popularidade do que em promover o Reino de Deus. Aceitam a glória que deve ser dada somente ao Senhor.

Em seu tempo o apóstolo Paulo e Barnabé foram idolatra­dos, porém diferente de muitos pregadores atuais recusaram ser adorados.

E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a voz, di­zendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio, a Paulo, porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente à cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria que a multidão sacrificar-lhes. Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão clamando e dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há ne­les; o qual, nos tempos passados, deixou andar todos os povos em seus próprios caminhos; contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimentos e de alegria o vosso coração. Dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem (BÍBLIA, Atos 14.11-18).

Um dos perigos de se promover a si mesmo e não ao Reino de Deus, é que não é bom ou favorável para a “imagem” do prega­dor anunciar as verdades da Palavra de Deus e falar sobre o pecado, arrependimento ou o inferno. Diante disto, estamos presenciando a crescente propagação de um falso evangelho altamente humanista, que exalta a glória e esquece a cruz.

Nosso mundo em transformação tende cada vez mais a dar va-lor a essa nova forma de idolatria. A tendência é haver menos imagens literalmente gravadas, inseridas em práticas religiosas tradicionais e mais imagens“virtuais”, fabricadas no mundo da publicidade. Mas tanto uma imagem como a outra são feitas pela mão do homem. Tanto uma quanto outra desviam a aten­ção do homem de seu Criador. Tanto uma como outra têm a tendência verdadeiramente assustadora de diminuir a humani­dade e a criatividade daquele que a cultua (PALLISTER, 2005, p. 51).

É importante salientar que Deus abomina qualquer tipo de idolatria, seja ela palpável: de esculturas, ou de carne e osso, seja as intocáveis construídas na mente e no coração. Ezequiel já chamava a atenção para os ídolos dentro do coração (Ez 14.1-11) estes ídolos não são visíveis, mas também contaminam o coração e desviam a adoração do Senhor.
Precisamos voltar ao evangelho, e lembrar que toda a glória pertence somente ao Senhor!