Natal, uma palavra tão pequena para um significado
tão grandioso.
Por alguma razão inexplicável, Deus nós amou; e
para por em execução o seu plano de redenção, enviou seu único filho ao planeta
Terra.
Os astronautas descrevem nosso planeta como “coeso
e redondo, belo e pequeno”, um globo azul, verde e castanho suspenso no espaço.
Apenas outro corpo na verdade, cerca de quatro vezes maior que a lua.
Mas Deus via de forma diferente: “Era a coisa mais
bela que havia para ser vista em todo o universo”. Ele contemplava a visão do
ser humano. Este ser frágil, pecador, afastado de Deus; mas mesmo assim o ser
humano que Ele amava, e que criará com suas próprias mãos.
O Deus que veio a Terra, não veio num redemoinho
arrasador, nem num fogo devorador. O criador de todas as coisas se encolheu
além da imaginação, tanto... tanto... Que se tornou um bebê dentro do útero de
uma humilde jovem em Nazaré.
Maria ouviu a voz do anjo, e humilde respondeu: “Eu
sou a serva do Senhor, cumpra-se em mim segunda a tua palavra”.
A obra de Deus sempre vem com dois gumes, grande
alegria e grande sofrimento, com essa resposta Maria abraçou os dois. Foi a
primeira pessoa a abraçar Jesus com todas as condições.
O Deus de glória se esvaziou...
Sua visita a Terra aconteceu num abrigo de animais,
sem assessores presentes e sem lugar para deitar o Rei recém-nascido além de um
cocho. De fato, o acontecimento que dividiu a história, e até mesmo nossos calendários
em duas partes, talvez tenha tido mais testemunhas animais do que humanas.
Precisamos compreender o segredo do natal, esta
deve ser a pedra de toque da nossa fé. Como cristãos, vivemos em mundos
paralelos. Um mundo consiste em montanhas, lagos, celeiros, políticos e
pastores guardando seus rebanhos à noite. O outro consiste em anjos e forças
sinistras e, em algum ponto lá fora, lugares que se chamam céu e inferno.
Em uma noite fria, escura, entre as enrugadas
montanhas de Belém, aqueles dois mundos se juntaram em um ponto impressionante
de interseção.
Deus entrou no tempo! Deus que não conhece
fronteiras assumiu as limitações chocantes da pele de um bebê, as restrições
sinistras da mortalidade.
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a criação” certo apóstolo escreveu mais tarde, “Ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”.
Mas... As poucas testemunhas oculares da noite de
natal não viram nada disso, viram uma criancinha lutando para usar os pulmões
novos em folha.
A história de Belém é uma história diferente de
todas as outras.
O nosso planeta foi visitado, não é de admirar que
um coro de anjos explodisse num maravilhoso hino espontâneo, perturbando não
apenas alguns poucos pastores, mas todo o universo.
Hoje enquanto você celebra o natal pense nisso.
Isso é grandioso.
Pois é Natal todos os dias em que Cristo nasce em
um coração e transforma uma vida.
Feliz Natal!
Kátia Cleone Neves Machado. Com base nas leituras
do livro: O Jesus que eu nunca conheci – Phillp Yancey.