Qual é o princípio básico de Deus
para os relacionamentos?
Jesus o resumiu para nós: “Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento.” Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo semelhante a
este é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22.37-40).
Este é o princípio básico para
todos os relacionamentos, devemos amar a Deus de todo o nosso ser e amar o
próximo assim como nos amamos. Deus, os outros e nós mesmos, é simples assim.
É este o fundamento do evangelho,
é nisto que consiste o cristianismo (1Jo 4.7-8).
Se amarmos a Deus e deixamos de
fora o amor ao nosso próximo, nos tornamos místicos. Jesus nos disse que não
podemos amar a Deus e odiar nosso irmão. Os dois estão ligados. Por outro lado,
se amarmos nosso próximo e deixarmos de lado o amor a Deus, somos humanistas.
Como seguidores de Cristo devemos
obedecer a suas ordens: Deus, os outros, nós mesmos.
Deus é um Ser amoroso, gentil,
misericordioso. Ele é um Ser que quer desfrutar de um relacionamento com cada
um de nós, e deseja que cada um dos seus filhos desfrute de um relacionamento
saudável uns com os outros.
Na verdade vai além do simples querer:
Ele nos ordena que O amemos, e que amemos uns aos outros. O amor é o cerne do
cristianismo (1 Co 13.1-3). De acordo com o apóstolo Paulo, podemos ser um
mártir, um teólogo brilhante, até mesmo operar milagres, mas se não tivermos
amor, nada somos.
Quando nos damos bem com o outro,
quando nos honramos, servimos e acolhemos uns aos outros, estamos na verdade,
honrando e servindo a Deus. Esta é uma verdade poderosa, cada um de nós deve
pensar seriamente sobre isto.
O maior problema nos
relacionamentos é achar que somos mais do que realmente somos, todos os
problemas de relacionamentos sejam entre casais, amigos, grupos de jovens ou
igreja, parte daí. Se você tem um problema no seu relacionamento, verifique e
você verá que a base do problema é que alguém por se considerar maior, no
direito da sua razão, feriu o seu próximo com suas palavras ou atitudes.
Mas então qual é a solução? Qual
o antídoto para o orgulho?
É fazer uma avaliação correta a
luz das escrituras.
1º: É reconhecer quem e o que
realmente somos.
2º: É andarmos na verdade de quem
somos.
3º: Quem são as outras pessoas?
4º: Quem Deus é?
Um relacionamento adequado com
qualquer pessoa neste planeta é uma questão de humildade. Podemos não concordar
com tudo o que a outra pessoa diz, pensa ou faz, mas devemos reconhecer que
Deus nos chamou para valorizar, cuidar, amar e acolher aquela pessoa, o meu
próximo, filho do meu e teu Pai de amor.
Se quisermos alcançar a unidade
em nossos relacionamentos, precisamos basea-lo na humildade. Precisamos querer
dizer “me desculpe”, desejando superar o outro em perdão, gentileza e serviço.
Há ainda outro problema que
impede o bom relacionamento com as outras pessoas, nossa incapacidade de
apreciar as diferenças nos outros (Rm 12.4-6). Falamos que as pessoas são
esquisitas e estranhas. Mas deixe-me definir esquisito. Esquisito é tudo aquilo
significativamente diferente de mim.
Qualquer música diferente daquela
que eu aprecio é esquisita, qualquer comida diferente daquela que eu gosto é
esquisita, qualquer costume diferente daquele que estou habituada é esquisito.
Achamos estranho tudo o que não é exatamente de acordo com o modo como fazemos
as coisas.
Por outro lado, todos são
inspirados porque Deus é o criador de abundante variedade. Ele nos deu todos os
tipos de flores de todas as cores. Ele fez borboletas e insetos, amebas e
elefantes, Ele criou animais com listras, bolinhas, penas, peles, penacho e
pelos.
No que se refere às pessoas, Deus
fez o mesmo. Ele fez uma infinidade de temperamentos e personalidades, Ele fez
dois sexos e nos deu diferentes raças. Nada aconteceu por acaso, tudo faz
partiu da mente de um Deus sábio, tudo faz parte de seu plano intencional para
a humanidade. Ele deu a cada raça uma particularidade que outras raças não
compartilharão até que se curvem em humildade e digam, “você é uma criatura de
Deus, e você tem algo a me ensinar”.
Deus nos dotou de formas
diferentes dentro do corpo de Cristo, e Ele fez isto de propósito (Ef 4.16). Seu
plano é que busquemos uns aos outros e valorizemos o que os outros têm a
oferecer e ensinar. Não chegaremos a lugar algum em nossos relacionamentos até
que aprendamos a apreciar a variedade que Deus colocou entre nós propositadamente
com o objetivo de nos tornar “membros uns dos outros”.
Jesus morreu para remover a
barreira existente entre nós. Através de seu sacrifício Jesus removeu a
inimizade e permitiu relacionar-me com Deus. Agora posso me relacionar com você
e você pode se relacionar comigo a despeito das nossas diferenças. Antes
estávamos perdidos em nossos pecados, mas através do sacrifício de Cristo
alcançamos vida nova.
Por isso podemos verdadeiramente
nos relacionar com Deus mediante a sua graça. Graça é dar a alguém algo que ele
ou ela não merece. Do mesmo modo podemos nos relacionar com os outros pela
graça. Podemos dar ao próximo algo que ele não merece, baseado no fato de Jesus
ter morrido e tirado a inimizade entre nós.
Através da morte e ressurreição
de Jesus podemos nos relacionar com Deus e com os outros, você pode se
relacionar adequadamente consigo mesmo. Desta forma cumpriremos o propósito
maior de Deus para as nossas vidas: Amá-lo e amar o próximo como a nos mesmos.